Working Papers

Why Do People Migrate Irregularly? Evidence From a Lab-in-the-Field Experiment in West Africa

Author
Tijan L Bah Catia Batista
Abstract

Irregular migration to Europe by sea, though risky, remains one of the most popular migration options for many sub-Saharan Africans. This study examines the determinants of irregular migration from West Africa to Europe. We implemented an incentivized lab-in-thefield experiment in rural Gambia, the country with the region’s highest rate of irregular migration to Europe. Male youths aged 15 to 25 were given hypothetical scenarios regarding the probability of dying en route to Europe and of gaining legal residence status after successful arrival. According to the data we collected, potential migrants overestimate both the risk of dying en route to Europe and the probability of obtaining legal residency status. In this context, our experimental results show that providing potential migrants with official numbers on the probability of getting a legal residence permit decreases their likelihood of migration by 2.88 percentage points (pp), while information on the death risk of migrating increases their likelihood of migration by 2.29 pp—although the official numbers should be regarded as a lower bound to actual mortality. Follow-up data collected one year after the experiment show that the migration decisions reported in the lab experiment correlate well with actual migration decisions and intentions. Overall, our study indicates that the migration decisions of potential migrants are likely to respond to relevant information.

RESUMO

As migrações irregulares para a Europa através do mar continuam a ser uma das formas de migração mais ambicionadas por muitos africanos subsarianos. Este estudo analisa as razões para as migrações irregulares da África Ocidental para a Europa. Com este objetivo, foi implementada uma experiência de laboratório incentivada que teve lugar em zonas rurais da Gâmbia - o país com a taxa mais elevada de migrações irregulares para a Europa na África Ocidental. Foram apresentados a jovens do sexo masculino, entre os 15 e os 25 anos, cenários hipotéticos sobre a probabilidade de se morrer durante a viagem para a Europa, e de se conseguir o estatuto legal de residência após uma chegada bem-sucedida. De acordo com os dados que recolhemos, os potenciais migrantes sobre-estimam tanto o risco de se morrer durante a viagem para a Europa, como a probabilidade de obterem o estatuto legal de residência depois de chegarem à Europa. Neste contexto, os nossos resultados experimentais mostram que a apresentação de números oficiais relativos à probabilidade de se conseguir um título de residência legal diminui a probabilidade de migração em 2.88 pontos percentuais (pp), enquanto que informação sobre o risco de morte na migração aumenta a sua probabilidade de migração em 2.29pp – apesar de os números oficiais serem provavelmente inferiores aos valores reais de mortalidade. Dados de acompanhamento recolhidos num inquérito realizado um ano após a experiência, mostram que as decisões sobre migração declaradas na experiência de campo correlacionam-se bem com as reais decisões e intenções de migração. No geral, o nosso estudo aponta para que as decisões de migração dos potenciais migrantes tendem a responder a informação relevante para o seu processo de decisão.